Pais são espelhos para os filhos
Quando eu olho para um espelho, consigo me enxergar,
observar detalhes na minha pele, ver meu reflexo. Veja, com os pais isso não é
diferente. Por vezes, posso estar reproduzindo aquilo que meus pais fazem,
sejam hábitos bons ou ruins. Os pais devem ter consciência disso, consciência
de qual caminho eles estão traçando para a sua prole: o caminho das virtudes ou
o caminho dos traumas.
Observemos
na prática: imagine uma mãe que possui o péssimo comportamento de xingar quando
algum objeto cai, quando algo a machuca (como cortar o dedo sem querer) ou até
mesmo quando algum plano dá errado. Se ela fazer isso na frente de seus filhos –
principalmente se forem pequenos – com o tempo eles criarão a ideia e irão
acreditar que isso é normal, que não há problema de soltar alguns palavrões
feios de vez em quando, afinal, “minha mamãe faz isso”. Se os pais
acostumam as crianças em um ambiente que eles mesmos não sabem se portar,
sofrerão as consequências de uma má educação e descontrole comportamental.
Tenho
certeza que você conhece algum pai ou mãe que reclama de alguma certa conduta
do filho, então você percebe que eles possuem exatamente aquilo que criticam
nos seus filhos. Vejo muitas crianças que não rezam, não vão à Missa, não fazem
ato de caridade, não leem, não ajudam em casa, porque os pais não rezam, não
vão à missa, não mostram a importância de ajudar o próximo, não ensinam a
leitura e não sabem comandar a ordem em um lar. Certa vez perguntei a um menino de 10 anos do
porque dele não ir à Santa Missa e a resposta foi “o papai não vai”,
perceba como esse filho espelhou a conduta de seu pai, este pai não faltou
apenas 1 ou 5 Missas, ele simplesmente nunca deve ter ensinado a importância do
Sacrifício de Cristo, ora, para uma criança, isso faz total sentido. Afinal, se o próprio pai não vai, porque ele
deveria ir?
Os pais são nossos espelhos porque,
naturalmente, iremos imitar seus atos, serão exemplos para nós, eles são os
nossos primeiros educadores. Por isso se faz tão importante a prática da igreja
doméstica, a primeira educação é dentro de uma casa. Cabe aos pais escolher o
destino do tipo de criação para seus filhos e, claro, escolherem arcar com os
futuros resultados.
Pai
ou mãe que esteja lendo isso, não adianta cobrar do seu filho aquilo você não é
e não pratica, se você deseja ensinar algo – virtude, comportamento, hábito,
cultura, valores, ensinamentos ou entre outros – terá que se autoavaliar
primeiro, pois é possível que uma árvore seca gere frutos? Sabemos que não gera.
Caso vá educar seu filho na virtude da paciência, faça um exame de consciência
das suas ações e veja se você foi uma pessoa paciente, se soube agir com
mansidão, escolheu boas palavras e não causou ira em alguém. Mas, saibamos uma
coisa, ser uma pessoa mansa não é deixar que os outros “montem em suas costas”,
tampouco é a característica da pessoa boazinha demais ou que fala baixinho,
nada disso! Ser paciente é estar de acordo com o que Jesus disse “sejam mansos
e humildes de coração”, é saber ordenar as atitudes para o Amor, ser justo,
agir sem escândalo, canalizar as energias do modo certo e equilibrado.

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